24 novembro 2021

Realidade Virtual e Aumentada - um universo expandido

Podemos citar inúmeras formas de como essa tecnologia atualmente está invadindo nossas vidas e seria preciso muito mais do que um simples post num blog para tratar de todos os detalhes pertinentes. Antes de mais nada é preciso diferenciar realidade aumentada da realidade virtual: 

  • R.A. pretende sobrepor a realidade com conteúdo virtualizado aprimorando a realidade com objetos, personagens, reações, etc. 
  • R.V. é no entanto um ambiente totalmente digitalizado que transporta a experiência para qualquer tipo de situação predeterminada. 
A realidade aumentada é de certo modo uma derivação da realidade virtual que hoje torna-se mais possível devido aos equipamentos atuais como smartphones que possuem cameras e todo o poder computacional que possuem. A realidade virtual necessita de equipamentos mais específicos como óculos VR que forçam a imersão por meio de imagens tridimensionais, sons e muitas vezes algum tipo de reação como vibração ou até mesmo cheiro: "pesquisadores das universidades de Yorke e Warwick desenvolveram um capacete que permite ao usuário não somente ver (...) mas também sentir sabores e cheiros associados com a cena". 

Da medicina passando pelo exército aos jogos existem formas cada vez mais elaboradas desta tecnologia auxiliar em tarefas ou práticas já existentes. Desde tratamentos de fobias (as duas R.A. e R.V. já foram utilizadas) ao treinamento de militares (conflitos em todos os tipos de situações) o uso parece só ter começado e portanto o limite aparenta ser somente hardware. A educação também aos poucos se apropria do uso incluindo a ferramenta e permitindo a experiência como a própria vivência do ato na realidade pode permitir e assim temos diante de nós uma porta recente, permitida pelo aprimoramento constante da tecnologia como um todo. As nossas máquinas como citado acima hoje em dia já possuem poder suficiente para tal processamento de dados, mas ao que tudo indica ainda não é o ideal.

De forma simplificada basta citar que muitos estudantes já experimentam coisas como viajar para Roma antiga, fazer operações cirúrgicas, combater em ambientes hostis. Não há comparação entre a experiência 2D de um livro estático para uma virtualização de um problema ou situação e percebe-la do ponto de vista de primeira pessoa. Basta pensar no fato de que muito embora a mente pareça detectar o que é ilusão de algo real, ao se colocar numa situação de imersão total de som, imagem e possivelmente num futuro cheiro e sabor a mente permite-se acreditar e tal experiência torna-se tão efetiva quanto algo na realidade. O desenvolvimento se acelera já que em dado momento não há mais resistência e viver o fato tende a ser muito mais proveitoso do que somente imaginar ou ver fotos.

Indo mais adiante podemos afirmar que tal ferramenta não se restringe somente ao aprendizado de algo, mas ao deleite. Podemos visitar museus e visualizar suas obras mais famosas, voar até outro país, ver nossos familiares como se estivéssemos perto. O limite sempre será hardware. Quanto mais imersão se deseja, mais complexo são os aparelhos e mais refinada a experiência. 

Atualmente podemos citar o Facebook com o Horizons Workrooms que pretende possibilitar a interação em ambientes profissionais onde avatares reagem e demonstram exatamente o que o indivíduo deseja. Poderão trabalhar em documentos de forma colaborativa e a utilização do óculos permite visualizar o computador sem a necessidade de retirar do rosto. Ao que foi declarado essa tecnologia em fase beta já vem sendo utilizada por eles e a priori não terá propagandas direcionadas já que não é coletado o teor do que se discute.